A economia angolana terá uma forte recuperação este ano, crescendo 7,1 por cento, segundo estimativas divulgados quarta-feira, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que indicam também a aceleração do crescimento das economias dos outros países africanos de língua portuguesa.
O FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola, depois de uma quebra de 0,4 por cento em 2009, cresça 7,1 por cento este ano e 8,3 por cento em 2011.
Os outros países africanos de língua portuguesa tiveram crescimentos das suas economias mesmo no ano de crise internacional, mas com uma desaceleração do crescimento que será invertido este ano e no próximo, indica o FMI no seu 'World Economic Outlook'.
A economia de Moçambique deverá crescer 6,5 por cento este ano e 7,5 por cento em 2011, melhor que os 6,3 por cento de progressão do PIB registada em 2009.
Para Cabo Verde, o Fundo Monetário Internacional projecta um crescimento de 5,0 por cento este ano e 5,5 por cento no próximo ano, depois de ter crescido 4,1 no ano passado.
O PIB da Guiné-Bissau deverá registar uma progressão de 3,5 por cento em 2010 e de 4,3 por cento em 2011, e o de São Tomé e Príncipe 4,5 por cento este ano e 5,5 por cento no próximo, acima dos 3,0 por cento e 4,0 por cento, respetivamente, conseguidos em 2009.
"A diminuição no comércio internacional e nos preços das mercadorias afectou seriamente a África sub-saariana durante a crise, mas a recuperação de ambos está a suportar a retoma" da economia nestes países, sustenta o Fundo no relatório sobre a economia mundial divulgado.
Ainda assim há circunstâncias que beneficiam uns e prejudicam outros, "por exemplo os preços mais elevados do que esperado vai beneficiar muito os países exportadores de petróleo", como é o caso de Angola, mas "aumentar a inflação" principalmente nos países importadores.
Em relação a Angola, a previsão da inflação é de 15 por cento em 2010, mais um ponto percentual do que em 2009.
Já a balança de transacções correntes, medida em percentagem do PIB, que tinha sido negativa em 3,3 por cento, deverá registar um valor positivo de 3,6 por cento em 2010 e 3,1 por cento em 2011.