A construção do “Complexo Teatro Avenida” está orçada em 126 milhões de dólares, e o seu prazo de construção é de 36 meses. A informação foi divulgada em Luanda, durante uma sessão de consulta pública organizada pelo Ministério do Ambiente e a empresa Dry Dock.
O projecto é construído no mesmo espaço do Teatro Avenida. O administrador da Dry Dock, George Sherrel, o complexo tem 21 andares e inclui um teatro com capacidade para 510 lugares, quatro andares para escritórios e 14 para apartamentos.
O edifício conta também com quatro andares no subsolo para estacionamento de 179 viaturas.
Além destes equipamentos tem ainda ginásio, cafetaria e serviços com uma vista aberta para a Baía de Luanda.
Tendo em conta o impacto ambiental, o abastecimento de água é feito directamente da rede pública para um tanque de betão. A energia é fornecida através de uma subestação de transformação localizada no subsolo do edifício.
Os trabalhos de demolição e remoção do entulho continuam a ser realizados no velho Teatro Avenida, que durante décadas foi o maior palco das artes cénicas da capital do país.
O director nacional para a avaliação de impactos ambientais, Camilo Ceita, disse que a construção do Complexo Teatro Avenida, constitui uma grande pressão para o ambiente e para a qualidade de vida das pessoas que ali habitam.
Os impactos exercidos por um projecto com estas características e desta envergadura, na óptica de Camilo Ceita, são sempre significativos. “Nenhum projecto está ausente de impactos, , temos é que velar para que sejam sentidos o mínimo possível pelas populações”, disse.
O cantor Paulo Flores é uma das atracções do festival “Black to Black”, a decorrer de 28 a 30 de Agosto, no Rio de Janeiro, Brasil. Na sua actuação, o autor de “Xê Povo” vai apresentar ao público brasileiro as novidades do seu mais recente trabalho discográfico “Ex-Combatentes”, e fazer uma incursão musical pelos seus dez discos já lançados no mercado.
Músico, cantor e compositor, Paulo Flores é, actualmente, o expoente máximo da música em Angola.
Paulo Flores vai dividir o palco do “Black to Black” com o angolano Dj Znobia e os artistas brasileiros Gilberto Gil, Marisa Monte, Ed Motta, Banda Black, Margareth Menezes, Rodrigo Maranhão.
Participam ainda no festival a cubana Omara Portuondo, o senegalês Youssou N’Dour e Angelique Kidjo do Benin.
A cantora cabo-verdiana Mayra Andrade vai apresentar no festival canções do seu mais recente trabalho discográfico, “Stória stória”, que já é disco de ouro em Portugal.
Com 20 anos de carreira e 11 discos editados, Paulo Flores sempre ostentou os valores da cultura angolana, desde a sua herança patrimonial às suas expressões mais vanguardistas, numa busca constante de novas fórmulas e sempre aberto às demais influências musicais.
A trilogia Ex-Combatentes (Viagem, Sembas e Ilhas) é o seu último trabalho. Para esta primeira apresentação dos discos em Portugal, Paulo Flores conta com a especial participação de Jacques Morelenbaum, referência incontornável na actualidade da música brasileira.
A cantora Maria João Kanga foi eleita, sábado, vencedora da presente edição do projecto musical “Feskizomba Luanda 2009”, realizado no espaço cultural Chá de Caxinde, Cine Nacional.
A consagração, resultante da interpretação, conteúdo da letra e do enquadramento da cantora com o instrumental, valeu a Maria João Kanga, que interpretou o tema “Não pára de ser”, 368 pontos do jurado. O acto foi assistido por mais de cem pessoas.
Com o valor do prémio, que Maria João Kanga dedicou aos seus familiares, colegas e todos que a apoiaram neste evento, a cantora pretende editar o seu primeiro trabalho discográfico.
De 19 anos, Maria João Kanga frisou ainda que canta há quatro anos e, apesar de ter vencido o “Feskizomba 2009”, pretende dar continuidade aos seus estudos. “Acredito que a mensagem da letra da música foi determinante para conquistar o primeiro lugar. Portanto vou continuar a apostar no estudo e futuramente numa formação artística para escrever músicas de qualidade”, disse.
No evento, realizado em homenagem à dança kizomba, onde as letras das músicas em concurso retrataram o quotidiano e o amor, o júri decidiu atribuir o segundo lugar ao cantor Kundi de Carvalho “Keici”, pelo tema “Teu beijo”. Em terceiro lugar, com 316 pontos, o júri elegeu a candidata Isabel Ferreira de Jesus, autora do tema “Luanda”.
Porém, a noite não ficou só marcada pela actuação destes novos valores da música. O grupo folclórico “Idimakaji”, “Os Radicais” e o músico Luis Lau também fizeram parte do espectáculo.
Os 18 finalistas em concurso, dos 20 seleccionados, cantaram uma música cada, da sua autoria, por cima de uma base instrumental.
Para a presente edição, a organização recebeu 150 candidatos, além de mais de 200 discos de músicas de outros estilos, mas foram rejeitados por incumprimento das normas do concurso.
A selecção de Angola somou a sexta vitória no campeonato africano de basquetebol, ao vencer na noite de terça-feira a Nigéria por 93-85, em partida da terceira jornada e última dos oitavos-de-final disputado em Benghazi (Líbia).
Ao intervalo, o resultado era favorável aos angolanos (48-42). Os angolanos apenas permitiram ao adversário passar à frente por dois pontos no terceiro quarto (55-56 e 59-61 aos 2:27).
Resultados parciais: 24-18; 24-24; 20-23; 25-29.
Angola termina invicta esta segunda fase da prova e vai defrontar nos quartos-de-final o quarto classificado da outra série, formada pela Tunísia, Marrocos, Camarões, Rwanda, Senegal e RCA.
Nestes oitavos-de-final, os campeões africanos venceram sucessivamente a Líbia, por 91-59; a Costa do Marfim, por 88-61; e a Nigéria (93-85).
O sucesso das relações sino-africanas despertou o interesse dos Estados Unidos e a partilha das oportunidades em Angola permitirá a estabilização da oferta de petróleo em nível mundial por meio de uma exploração mais eficiente do combustível, defendem analistas chineses.
Especialistas citados pelo jornal China Daily afirmaram que o périplo da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pela África traduz a crescente dependência dos Estados Unidos do petróleo e gás africano, em detrimento do Médio-Oriente, por razões de segurança.
He Wenping, director do Instituto de Estudos Africanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirma que os interesses americanos "constatam agora que a China fez bem em cooperar com a África na exploração de petróleo e querem ser os próximos".
Esta situação, aponta Xia Yishan, especialista do Centro Estratégico Chinês de Energia, do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, não "é um jogo de soma zero com os interesses chineses".
"O investimento crescente da China na indústria petrolífera de Angola não é uma dor de cabeça para os americanos, mas uma oportunidade para ambos", afirmou.
Xia Yishan defendeu que a corrida ao "ouro negro" em Angola pela China e Estados Unidos permitirá "uma melhor exploração do recurso e a estabilização da oferta de petróleo a nível internacional".
Em Luanda, Hillary Clinton mostrou ter aprendido a lição de John Kennedy aos americanos: "Não perguntem o que pode a América fazer por vocês, perguntem o que vocês podem fazer pela América." Quando perguntada sobre o que iria fazer para combater a crescente influência chinesa em Angola, Hillary respondeu: "Não estou preocupada com o que os outros fazem em Angola, mas sim com o que os Estados Unidos podem fazer."
Claro que aos Estados Unidos não agrada a força chinesa na construção de estradas, pontes, escolas, caminhos-de-ferro e linhas telefónicas na mais dinâmica economia africana actual. Mas a América já percebeu que em Angola tem de apostar sem ser em reacção às apostas de outros.
Já perdeu muito tempo, com aliados perdedores (nos anos 60 com a UPA-FNLA e na guerra civil com a UNITA), na presunção de que o MPLA era aliado dos "outros".
As americanas Chevron e Exxon produzem metade do petróleo angolano (que lidera a produção africana), mas a delegação americana sublinhou outras áreas: as prioridades são a agricultura, sector em que Angola já foi grande exportadora, e as hidroeléctricas.
Com esses interesses económicos, a política é considerada como diálogo e não arma de arremesso. As presidenciais estão atrasadas? "Sinto-me encorajada pelos passos que o Governo angolano tem dado", disse Hillary, com a prudência sustentada pela certeza de que em 2010 haverá mesmo essas eleições.
A visita de Hillary Clinton foi um sucesso para Angola. Mas, como Hillary diria, o que ela quis é que fosse um sucesso para a América. Provavelmente será as duas coisas.