Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008

Novas oportunidades na cultura

ImageA ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, disse em Luanda que os artistas plásticos angolanos terão maiores oportunidades para mostrar as suas obras com a expansão do projecto cultural BAI Arte.

Rosa Cruz e Silva, que falava na inauguração da exposição do escultor João Mayembe no Museu Nacional de História Natural, destacou que aquela instituição financeira tem sido uma das grandes parceiras do Governo na promoção, divulgação e organização de eventos que destacam a cultura angolana.

Referiu que com a organização anual do BAI Arte, a cultura nacional presencia momentos de particular atenção, razão pela qual incentiva outras instituições bancárias a promoverem a cultura angolana.

João Mayembe, por seu turno, mostrou-se preocupado pelo facto de existirem poucas obras feitas em cerâmica no país. Em declarações ao Jornal de Angola indicou que esta modalidade artística corre o risco de “morrer” por falta de condições técnicas, principalmente de fornos industriais para a cozedura das obras.

Segundo o artista, existe a necessidade dos artistas prestarem maior atenção às obras feitas em cerâmica. “Temos grandes dificuldades para trabalhar em obras feitas à base da argila por não existirem ateliês devidamente apetrechados”, acrescentou.

O escultor pretende nas próximas obras trabalhar mais nas cerâmicas e tentar dar um sentido positivo e optimista do futuro em África. “Tento expressar nas minhas obras a reconciliação do continente africano, belezas, defeitos, valores e tradições”, disse.

 
publicado por saudacoesangolanas às 19:06
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Um pouco de Angola na origem dos EUA

ImageA antropóloga norte-americana Sheila Walker disse, em Luanda, que o surgimento e o desenvolvimento do actual Estados Unidos da América (EUA) contou com o inestimável contributo dos africanos, em particular angolanos.

A par dos britânicos e indígenas (índios), os cientistas, segundo Sheila Walker que falava sobre o tema "A presença angolana nas Américas e Caraíbas", no Museu de História Natural, descobriu-se que em 1619, no Estado de Virgínia, local da formação da EUA, estavam também presentes angolanos como resultado da escravatura.

Negar-se o contributo do africano no surgimento dos Estados Unidos da América, como se fazia, já não é possível. Existem provas evidentes na cultura norte-americana do engajamento dos afro-descendentes, desde a música, religião e até aos nomes usados.

A antropóloga menciona ainda que esta presença dos africanos é patente numa boa parte do continente americano e em outras partes do mundo, como na Índia e nos países Árabes muçulmanos, onde se denota igualmente no comportamento de algumas comunidades mundiais.

"Nomes como Jinga e Congo, assim como instrumentos musicais como marimba, hungu, são frequentemente utilizados por estas comunidades africanas nas suas cerimónias e vida quotidiana em outras localidades do mundo, “pese embora, com outras designações", salientou.

Sheila Walker revelou que, há poucos anos atrás, descobriu que a sua tetravó se chamava Amélia Congo, descoberta essa que a tem também impulsionado a pesquisar mais sobre a presença africana no mundo e os esforços consentidos para a construção e desenvolvimento de muitos países.

Após agradecer a intervenção da antropóloga Sheila Walker, o director do Museu Nacional de Antropologia, Simão Souindoula, disse que a História de Angola não pode ser vista apenas como nacional, mas também além-fronteiras.

Sheila Walker, além de antropóloga, é cineasta, professora universitária, bem como directora executiva da organização norte-americana ‘Afrodiaspora’ e membro do Comité Internacional da Unesco sobre o Projecto "A Rota dos Escravos".

 
publicado por saudacoesangolanas às 19:03
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Museu da Escravatura

ImageO Museu Nacional da Escravatura conta agora com mais uma vintena de livros e suporte audiovisual sobre a escravidão, doados pela antropóloga afro-americana Sheila Walker, que esteve em Angola de 10 a 15 deste mês.

Uma nota de imprensa do museu, assinada pelo director geral, Simão Soundouila, informa que a doação de Sheila Walker ocorreu à margem do encontro que manteve recentemente, em Luanda, com os membros do Comité de Angola do Projecto da UNESCO “A Rota do Escravo”.

“Os livros abordam vários aspectos do tráfico negreiro entre a costa africana, americana e das Caraíbas, a evolução histórica no novo mundo dos cativos, bem como a perpetuação nesta região das suas culturas de origem, a sua nova organização social, a neo-criação artística e literária”, referiu.

A nota salienta ainda que os livros e discos definem o tráfico negreiro transatlântico como um puro mercado, a dimensão geopolítica e geoestratégica desse negócio, a contribuição da mão-de-obra negra na expansão do arroz no continente americano e no conjunto insular caribenho, entre outros aspectos do quotidiano dos escravos.

A afirmação dos negros na sociedade multi-étnica das antigas colónias da América do Norte, as múltiplas formas da luta árdua desses oprimidos pela alforria e abolição desta prática económica e social desumana, fazem igualmente parte do conteúdo destes suportes.
 
publicado por saudacoesangolanas às 19:02
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Museu de História natural

Image A criação do museu didáctico da biblioteca, fora de portas, e a animação interactiva, multimédia e audiovisual fazem parte do conjunto de acções que o Museu Nacional de História Natural vai desenvolver este ano, para uma presença contínua do público nesta instituição.


 

Esta informação foi prestada esta quarta-feira, em Luanda, pela directora deste museu, Ana Paula Correa Victor, quando ponderava e perspectivava as acções da sua instituição no V Encontro dos Museus e Profissionais de Museologia em Angola, que decorre desde segunda-feira, na capital angolana.

A par das actividades de cariz cultural, no qual acresce a actualização da página Web-Site, segundo a directora, vão ser promovidas palestras e implementados projectos científicos, tais como a monitorização de uma zona húmida e aves aquáticas, a criação das áreas de botânica, ecologia e micrologia visando servir melhor os que precisam destas informações.

Ao fazer a retrospectiva de 2005 a 2007, Ana Paula Victor, disse que o museu foi visitado, anualmente, por cerca 10 mil e 985 pessoas, entre crianças e adultos, que puderam apreciar, entre os vários elementos expostos, répteis, mamíferos, aves, peixes, insectos e conchas, visitar obras de arte, de artistas plásticos e criadores nacionais/estrangeiros, bem como assistir a exposições e palestras sobre a temática animal .
publicado por saudacoesangolanas às 19:00
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Kalibrados em alta

ImageO grupo hip-hop angolano Kalibrados comercializou domingo, na portaria do Cine Atlântico, em Luanda, 14 mil cópias do seu novo álbum, segundo dados oficiais fornecidos pela produção do quarteto.

Num breve balanço sobre a primeira sessão de venda e assinatura de autógrafos de "Cartas na Mesa", segundo trabalho do grupo, a responsável pela promoção e marketing do disco, Karina Barbosa, disse terem restado apenas mil, das 15 mil unidades levadas à portaria.

Os mil exemplares restantes dos quinze mil discos, segundo informou, foram vendidos na noite de domingo no restaurante Miami Beach na Ilha de Luanda, onde os Kalibrados estiveram igualmente presentes.

Por outro lado, Karina Barbosa anunciou a realização de um espectáculo de apresentação do álbum à imprensa e patrocinadores, marcada para dia 26 deste mês, na Casa 70, em Luanda.

Produzido à base do rap e soul, "Cartas na Mesa" é já considerado um êxito, a julgar pelo sucesso alcançado pelo single "Bambribam" nas rádios e discotecas.

O disco conta com as participações de Virgul, Edmásia, Anselmo Ralph, Nacobeta, MC Bolingo, Lawilca, Dino, Nelson Freitas, Nice G e Kanda.
O grupo, constituído por quatro elementos, tem no mercado, desde 2005, o disco "Negócio Fechado", com 14 faixas musicais.
 
publicado por saudacoesangolanas às 18:58
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A evolução da musica Angolana

A música angolana registou um crescimento "estrondoso" na componente de produção, promoção e edição discográfica, desde a década de 1980 a 2008, mas é necessário maior investimento na vertente de investigação e formação.
 


A opinião é do músico Sabino Henda, que disse terça-feira, em Luanda, ser imperiosa a formação musical dos cantores, promotores e editores do país, que devem pesquisar, com maior agressividade, as raízes típicas angolanas.

“Devemos todos “ir à escola”, buscar as nossas raízes e procurar valorizá-las, pois, só assim vamos sentir-nos Nós e enquadrarmo-nos na mundialização. Para tal é preciso incentivo”, comentou o autor de “Poeira Velha”, a propósito do Dia Mundial da Música, a ser celebrado esta quarta-feira, 01 de Outubro.

Sabino Henda, um dos destaques do Festival Internacional de Música do Sumbe “Festiumbe2008”, realizado no fim-de-semana, na província do Kwanza Sul, considerou louvável o apoio prestado pelo Estado, mas disse ser necessário mais investimento e ajuda institucional aos produtores e editores.

Para o artista, a abertura da Portaria da Música, primeiro na Rádio Nacional de Angola e, actualmente, no Cine Atlântico, foi um dos principais ganhos dos músicos, nos últimos anos, pois atravessavam grandes dificuldades financeiras.
publicado por saudacoesangolanas às 18:56
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Um filme a não perder

ImageA imagem de Angola de 1991, com destaque para o Bié, onde a guerra imperava, e para Luanda, destino de muitas populações deslocadas de outros pontos do país, é o retrato do filme “Na Cidade Vazia”, apresentado na abertura do Ciclo de Cinema Angolano II.

Enquanto no Bié, o clima de guerra se faz sentir, Maria João Ganga, realizadora do filme, mostra (na longa metragem passada no Auditório Pepetela, da Embaixada portuguesa) como na capital vigora o recolher obrigatório.

Neste ambiente, Ndala, um rapaz órfão do Bié, que chega a Luanda com a ajuda de uma freira, foge do aeroporto e parte à descoberta da cidade. Enquanto a freira o procura, Ndala conhece a dinâmica da vida luandense, atravessando ruas e ruas.

Em encontros perturbadores e fascinantes, nesta longa-metragem, Ndala torna-se amigo de Zé, um rapaz que vai explicando como é Luanda. De cena em cena, Ndala entra inocentemente no mundo do crime, por intermédio de dois homens bandidos, alveja um cidadão e este mata-o.

O encenador José Lumango disse que o filme é de capital importância, porque expressa a vida das populações angolanas sofridas pela guerra e vê Luanda como o local de liberdade e de paz.

Para o artista, o filme dá a conhecer que Luanda da década de 90 tinha os seus problemas e que a guerra também influenciava a vida da cidade capital.

A espanhola Maite Maruri disse ter gostado da história do filme, pese embora o facto de o final ser muito trágico, com a morte de Ndala. “Pelo que vi, vou continuar, ao longo da semana, a ver os filmes angolanos e conhecer o que foi Angola nos tempos mais recentes”, afirmou a espanhola.

Cerca de noventa pessoas assistiram ao filme, que tem como intérpretes principais Roldan Pinto João, Domingos Fernandes, Raul Rosário, Júlio Botelho e Ana Animatógrafo (Portugal).

O Ciclo de Cinema Angolano II, promovido pelo Instituto Angolano de Cinema, Audiovisual e Multimédia (IACAM) e pelo Instituto Camões decorre até sexta-feira, dia 24.

Terça, às 18h30, foi exibido o filme “O Comboio da Canhoca” (2004), do realizador angolano Orlando Fortunato.
 
publicado por saudacoesangolanas às 18:52
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