Estado angolano apresentou uma queixa-crime contra um advogado português alegando ter sido lesado em mais de 104 milhões de euros. A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, em representação do Estado angolano, esclarece em comunicado que "em determinado momento histórico" confiou uma tarefa profissional ao advogado português Francisco Maria Guerreiro da Cruz Martins.
"O Estado angolano considera-se lesado nos seus interesses patrimoniais em quantia muito relevante, superior a 150 milhões de dólares" (104,6 milhões de euros), refere o comunicado, que não específica a tarefa solicitada.
Segundo o documento, o processo está em investigação e corre os respectivos termos, com diligências a realizar oportunamente.
A PGR de Angola enalteceu "o excelente desempenho" das autoridades judiciais portuguesas no tratamento e prossecução da queixa-crime apresentada pelo Estado.
O comunicado informa que o Estado de Angola confiou o seu patrocínio forense aos advogados José Ramada Curto, Paulo Amaral Blanco e Cristina Portela Duarte, da ABDP - Amaral Blanco e Associados.
A Agência Lusa contactou em Lisboa aquele escritório de advogados, tendo Paulo Amaral Blanco confirmado o "patrocínio" do Estado angolano, mas escusando-se a comentar o comunicado da PGR angolana.