"Dance Mwangolé", álbum de estreia dos Batida, pretende "brincar com música angolana e juntar-lhe ritmos actuais, transformando-a em boa música", como explica DJ Mpula, um dos membros da banda. Em "Dance Mwangolé", aliados às sonoridades africanas, encontramos elementos da música mais actual, como a electrónica, o house, o hip hop e o rap. Mpula, que também é o responsável pelo programa "Batida", da Antena 3, que visa a promoção de música angolana, explica que, para este trabalho, a banda pegou "numa base de raiz tradicional e transformou-a numa base moderna". Assim, o álbum é uma espécie de "choque entre duas gerações: a dos cotas, dos anos 60 e 70, e a nossa, numa fusão única com ritmos tradicionais africanos e sons que ouvimos hoje em dia", acrescenta. Aliando uma pesquisa a um catálogo da Valentim de Carvalho em que figuravam músicas africanas antigas às vivências dos constituintes da banda, foi nascendo o projecto. De acordo com Mpula, o grupo procurava "contribuir humildemente para promover mais informação e interesse por algo que está tão distante, como a música africana", destacando o diálogo, já de muitos séculos, entre Portugal e Angola. Assim, a primeira música a aparecer foi "Bazuka", ainda no programa de rádio, resultante de um "'sample' antigo", ao qual o apresentador foi adicionando "alguns 'beats'", recorda. Depois da devida autorização para trabalhar esta e outras músicas, fecharam-se num estúdio durante dois meses. "Fomo-nos deixando levar por um processo de experimentação" dos temas, explica, que ainda foram "enriquecidas pela participação do Ikonoklasta, do Sacerdote e da Dama Ivone", entre outros. Agradado com o resultado final, o músico salientou que o mesmo só foi possível porque cada um dos membros mantém uma "forte ligação com Angola" e tem trabalhado na área da "música africana". De acordo com Mpula, a banda parte sem grandes objectivos para as vendas do álbum, uma vez que a principal meta já foi conseguida: "Acabá-lo". O artista recorda que, à partida, o maior desafio era saber se seriam capazes de construir algo que "comunicasse a paixão por África". Desta forma, garante que "tudo o que vier, é óptimo". Para a banda, todo o álbum é "especial", desde os temas à própria capa. Esta pretende alertar para "uma realidade estatística que mostra que Angola ocupa o primeiro lugar mundial na lista da mortalidade infantil". Nela, é retratado um miúdo de um gueto angolano, a quem é dado o estatuto de super-herói. "Sobreviver num local com tantas carências e onde a mortalidade infantil é tão elevada é mesmo só para super-heróis", finaliza. Este projecto é lançado numa época em que as músicas africanas estão a ter grande procura em Portugal, algo que não acontecia há alguns anos. Mpula explica o facto com uma "presença física concreta dos africanos em Portugal, nas comunidades, por exemplo, muito motivada, também, pela história comum que aproxima Portugal e Angola". O artista salienta que esta situação só "contribui para o enriquecimento cultural português". | |
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A XXVII edição do campeonato africano de futebol a disputar-se de 10 a 31 de Janeiro próximo terá a designação oficial de "Taça de África das Nações Orange Angola2010". O facto foi anunciado pelo director de informação, publicidade e marketing do Comité Organizador do COCAN, Manuel Mariano, durante uma conferência de imprensa, onde se efectuou o balanço da visita de uma semana ao país dos inspectores da Confederação Africana de Futebol (CAF). Trata-se do apadrinhamento da empresa francesa de telecomunicações "Orange", que desde Julho deste ano é o patrocinador oficial das maiores competições sob égide da CAF, em substituição da MTN, instituição também voltada ao ramo das telecomunicações. O acordo celebrado em Paris (França), com duração de oito anos, engloba ainda a Liga dos Clubes Campeões de África e a Taça da Confederação. O patrocínio da companhia francesa de telecomunicações vai abranger também a Taça CHAN (africano para jogadores que evoluem em campeonatos locais), Supertaça de África e o CAN de Sub-20. A Orange vai publicitar estas competições, entre outras, através da oferta de telefones celulares nos 55 países africanos. | |
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O enólogo português Mário Louro estimou segunda-feira, em Lisboa, Portugal, que Angola pode começar a produzir vinhos a partir de 2014, para abastecer o mercado interno com produto nacional, gerar mais empregos e concorrer com marcas internacionais.
A petrolífera angolana, Sonangol, anunciou quinta-feira, a descoberta de um novo poço de petróleo, em conjunto com a britânica BP, no offshore angolano, estando confirmado o potencial de cinco mil barris/dia.
Uma empresa britânica tornou-se esta semana a primeira do país a ser declarada culpada por subornos a políticos e funcionários estrangeiros. De acordo com o «The Guardian», a Mabey & Johnson, com sede em Raeding, e que se dedica à construção de pontes, sendo responsável por muitos contratos financiados com dinheiro dos contribuintes britânicos, pagou subornos a 12 pessoas de seis países.
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