Ao som de músicas como “Canta Canta” e “ Cigarra”, Simone levou, durante aproximadamente duas horas, os seus fãs a cantarem com ela, numa harmonia contagiante.
Com mensagens de amor e luta pela vida, a cantora esclarecia aos presentes, ao ritmo do samba e de outros estilos, que “todos os dias é um vai vem”, numa clara alusão à perseverança nos desafios quotidianos.
Simone e os seus acompanhantes, todos vestidos de branco, e com um colorido de luzes, emprestaram um ambiente cada vez mais saudável ao longo da actuação.
Era visível a satisfação em ver cantar de novo, em Angola (depois de 2003), uma das mais sonantes cantoras do Brasil.
Arlindo Ferreira, um dos fãs de Simone, disse que o espectáculo foi bonito, já que, além das suas próprias músicas, ela cantou trabalhos de músicos brasileiros igualmente de renome, como Emílio Santiago e Martinho da Vila.
“Conheço a Simone dos discos e vê-la hoje, na Casa 70, é uma grande satisfação para mim”, referiu.
Por sua vez, o cantor angolano Matias Damásio disse que Simone é uma artista com grande experiência em palcos, pois está constantemente neste exercício.
“A sua presença na casa 70 é de louvar, porquanto, como artista, tenho a oportunidade de aprender sempre mais alguma coisa diante de uma senhora com muita experiência”, sublinhou.
Já Simone expressou, diante do público amante das suas músicas, estar feliz em cantar de novo em Luanda, passados cerca de seis anos desde que esteve na capital angolana.
Esta sexta-feira e sábado à noite ainda haverá mais espectáculo de Simone. Estilos como samba, bolero, balada e romântico, não faltarão.
Simone, nascida no Estado de Salvador (Brasil) em 1949, trouxe para os três espectáculos uma equipa integrada por 16 pessoas.
A guitarra, a bateria e a percussão fazem parte do conjunto de instrumentos em uso.